A "live" de Ken Follett a que consegui assistir, no passado dia 19 deste mês, foi bastante esclarecedora para quem a viu, sobretudo para quem, como eu, gosta de escrever.
Ken Follett é um extraordinário e brilhante escritor, com cerca de 36 títulos publicados, a maior parte dos quais são sucessos de vendas por todo o mundo, com milhões de exemplares vendidos. Todavia, o sucesso não foi imediato, segundo o próprio Ken Follett, só ao fim de 10 livros escritos, sem sucesso, surgiu um dos seus maiores sucessos de todos os tempos, “O estilete assassino”, escrito em 1977 e que até aos dias de hoje vendeu mais de 10 milhões de exemplares!!! Sim, leram bem, mais de 10 milhões!
Ken Follett iniciou a sua carreira como editor, que segundo ele tem a missão de ajudar os escritores a escrever bons livros, e só depois de ter escrito e publicado “O estilete assassino”, passou a ser escritor a tempo inteiro.
Se há algo que a sua história de vida nos demonstra, é que a vida de escritor não é fácil e que a persistência e confiança naquilo que escrevemos não deve, nem pode, esmorecer com as rejeições que as tradicionais “grandes editoras” nos vão impondo.
Persistência, confiança e dedicação ao que gostamos de fazer deve ser o mote. Ken Follett, revela que escreve todos os dias, normalmente entre as 06h e as 16h, principalmente durante a semana e um pouco menos aos fins-de-semana. Apesar deste “ritual”, e desta disciplina, demorou 3 anos a escrever “ Os pilares da terra”, outro enorme sucesso de vendas e que “Uma coluna de fogo”, um dos seus mais recentes livros e que acho simplesmente brilhante, demorou mais de 3 anos a ser escrito. Contou-nos que por detrás de cada um dos seus livros está todo um processo de pesquisa cuidado e atento aos detalhes, que dedica imenso tempo à construção das suas personagens, cujos nomes evita que sejam iguais aos dos seus amigos/conhecidos mais próximos.
Se há lição que tirei desta “Live”, foi a de que o sucesso raramente é imediato e normalmente o caminho que percorremos neste mundo literário é difícil, cheio de percalços e até de algum negativismo que pode minar a nossa confiança e em algumas ocasiões, pode até ser tóxico, altamente tóxico.
Como disse Winston Churchill, “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.”
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